A estratégia de ação iniciará com a seleção de comunidades pesqueiras do litoral paulista onde haja unidades familiares ou comunitárias que já beneficiem produtos da pesca de pequena escala e que tenham interesse na melhora de seus processos produtivos, com vistas à regularização sanitária da comercialização do pescado. Nestas comunidades far-se-á a caracterização dos processos produtivos existentes e a identificação de pontos críticos onde haja a oportunidade de melhorias considerando o viés higiênico-sanitário.

Por meio de checklists baseados nos critérios das boas práticas e planos de ação para os resultados dos respectivos checklists, os processos de beneficiamento das comunidades selecionadas serão paulatinamente melhorados e monitorados por meio de análises de produtos e processos, de forma a registrar os ganhos em qualidade e segurança do pescado oferecido ao consumidor. Concomitantemente, as comunidades envolvidas serão capacitadas de forma continuada. Essas atividades subsidiarão a elaboração de um novo regramento para a inspeção sanitária do pescado artesanal, que será acompanhado e validado pela Coordenadoria da Defesa Agropecuária/SAA.

Além do novo regramento para a inspeção sanitária, serão desenvolvidas facilitações relacionadas à utilização de ferramentas para a automatização de registros de monitoramento dos parâmetros de qualidade dos processos de beneficiamento, bem como será desenvolvido um aplicativo para viabilizar a realização de atividades de inspeção de rotina de modo remoto, em ambiente virtual.

As ações voltadas para as questões sanitárias e tecnológicas serão precedidas pela sensibilização, mobilização e capacitação dos servidores dos municípios do litoral paulista para a estruturação dos serviços de inspeção, necessários para a consecução do objetivo de superar a dificuldade de acesso à inspeção sanitária pelo setor pesqueiro artesanal. Esta articulação institucional posteriormente poderá ser replicada em todo o estado, beneficiando também a pesca continental e a aquicultura.