Detalhes do projeto SGP 1604

Página Inicial / Busca de Projetos / Detalhes do projeto

Indexação de vírus em plântulas de mandioca obtidas por cultura de meristemas, pertencentes aos BAG da EPAGRI visando a introdução de material genético livre de vírus para produtores.

Coordenador(a): Addolorata Colariccio

Vigência do projeto

01/03/2017 até 28/03/2019

Unidade responsável

IB, Centro de Sanidade Vegetal

Área Estratégica

defesa fitossanitária

Linha de Pesquisa

Sanidade Vegetal

 

No Brasil, a mandioca sempre foi cultivada em vários sistemas agrícolas, desde cultivo de fundo de quintal, passando pela agricultura tradicional praticada em pequenas escalas por produtores do semiárido do Nordeste ou da região da Amazônia, até cultivo em grande escala no sul do Brasil, com colheita semi-mecanizada (CHUZEL, 2001). Cultivada em todas as regiões brasileiras, a mandioca é utilizada para a produção de farinha, extração de amido e, uma pequena parte, consumo in natura. Os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul formam um complexo agroindustrial que produz e processa cerca de 5 milhões de toneladas de raízes de mandioca para a produção de farinha e amido (IBGE, 2006).

As plantas de propagação vegetativa apresentam sérios danos causados por vírus porque estes se acumulam durante os sucessivos ciclos da cultura. Várias pragas e doenças da mandioca (Manihot esculenta),  têm como principal fonte disseminadora o material de plantio. Os mais importantes são os patógenos sistêmicos: fungos, bactérias, fitoplasmas e vírus. Mas não deve ser negligenciada a disseminação de organismos aderidos a superfície da maniva como cochonilhas, ácaros e esporos de fungos.

Na cultura já foram descritos, dezesseis vírus diferentes, dentre estes três foram descritos pela primeira vez no Brasil: o Cassava common mosaic virus (CsCMV), pertence ao gênero Potexvirus , o Cassava vein mosaic virus (CsVMV), pertencente ao gênero Caulimovirus e em Manihot spp. Cassava symptomless Rhaddovirus (CsSLV).

Essa três espécies ocorrem por todo o Brasil, sendo o CsVMV prevalente nos Estados do Ceará, Pernambuco, Piauí, Bahia e Alagoas. O CsCMV apresenta-se distribuído também  em outros países da América latina, Taiwan e nos Estados Unidas no Estado da Flórida. O CsCMV causa sintomas de mosaico cloróticos nas folhas,  ocasionando perdas de produtividade acima de 60% sendo considerado portanto o principal vírus que ocorre na América do Sul em mandioca. O CsVMV causa sintomas de mosaico de nervuras , deformação foliar e epinastia da planta. A manifestação dos sintomas sofre grande influência do clima ocorrendo principalmente no nordeste brasileiro.

As viroses de mandioca existentes na América, (mosaico comum ou americano, couro de sapo e mosaico das nervuras) e fitoplasmas (superbrotamento) não possuem vetor conhecido e se disseminam fundamentalmente, através do plantio de material contaminado. Os vírus que ocorrem na cultura podem ser parcialmente controlados pela eliminação recorrente de plantas sintomáticas nos campos de produção de sementes, a fim de minimizar os prejuízos causados tanto na produção quanto na qualidade das raízes.

Sendo importante ressaltar que para a sanidade do material de plantio a técnica de cultura de tecidos merece destaque porque permite obter material praticamente isento de quase todos os patógenos, principalmente se utilizado conjuntamente com a termoterapia, sendo que para o controle das viroses em plantas de vegetação propagativa a técnica mais utilizada é a cultura de meristemas, que pode ser empregada em associação com a termoterapia e/ou substâncias antivirais, O uso de plantas livres de vírus em associação com práticas culturais adequadas, e o uso de variedades resistentes pode reduzir  a disseminação de vírus no campo, uma vez que os vírus se transmitem mecanicamente e por enxertia e se disseminam a partir de manivas infectadas, indicando que o vírus se perpetua e se transmite pela utilização de ferramentas contaminadas. Entretanto, mesmo com o uso de manivas e clones livres de vírus, as plantas devem ser monitoradas no campo, para evitar a disseminação das principais viroses que ocorrem na cultura. O presente projeto tem por objetivo  indexar variedades de mandioca pertencentes ao BAG EPAGRI Urussanga, SC e do BAG IAC quanto a presença de vírus, visando à obtenção de um estoque de mandioca-semente livre deste vírus e realizar um levantamento em São Paulo e santa Catarina da ocorrência de vírus na cultura.

  Sobre

O SGP (Sistema de Gestão de Pesquisa) foi implementado em todas as unidades APTA, para centralizar o controle de todos os projetos desenvolvidos sob sua supervisão. [Ler mais]

Endereço APTA – São Paulo

Praça Ramos de Azevedo, 254, 2º andar - República, São Paulo - SP

Fone : (11) 5067-0447 e 5067-0427

  Endereço APTA – Campinas

Avenida Barão de Itapura, 1481 - Botafogo, Campinas - SP

Fone : (19) 2137-8930