Cafés com excelente qualidade de grãos e bebida vem sendo cada vez mais demandados pelo mercado de cafés especiais. Sabendo que a qualidade do café é dependente da interação Genótipo X Ambiente, tona-se importante realizar a devida caracterização de atributos de qualidade física e sensorial de híbridos F1 com o intuito de selecionar materiais promissores para a produção de cafés especiais diferenciados. Neste Plano de Ação serão avaliados diversos Híbridos F1 desenvolvidos pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro do IAC. Frutos maduros serão processados por via seca e via úmida, obtendo se café natural e café descascado, respectivamente. A secagem será em terreiro suspenso até os grãos atingirem 12% de teor de água. Após beneficiamento os grãos serão avaliados quanto as características tecnológicas (tipo e formato de grão, granulometria, densidade, peso de cem grãos e coloração), conforme descrito na Instrução Normativa N. 8 do Ministério da Agricultura (BRASIL, 2003). Grãos selecionados e classificados em peneira 16 e acima serão torrados e avaliados quanto a qualidade de bebida e perfil sensorial, conforme preconizado pela Associação de Cafés Especiais (SCA), citado por Lingle (1986). Os testes para avaliação da qualidade serão conduzidos em quatro safras, com três repetições em delineamento inteiramente casualizado. Os dados médios obtidos em cada colheita serão submetidos à análise de variância e as médias dos tratamentos serão comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Os híbridos que apresentarem melhores características de grãos e maiores notas sensoriais e ou melhor perfil sensorial, na média das quatro avaliações, poderão ser indicados como genótipos promissores, com maior potencial qualitativo para a produção de cafés especiais diferenciados.