Detalhes do projeto SGP 874

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Centro Colaborador em Defesa Agropecuária (CDA) - Sanidade Apícola

Coordenador(a): Érica Weinstein Teixeira

Vigência do projeto

01/03/2009 até 28/07/2018

Unidade responsável

IB, Centro de Sanidade Animal

Área Estratégica

sanidade animal

Linha de Pesquisa

Qualidade e sanidade animal

 

Para conquistar novos mercados e se ter competitividade suficiente no sistema global de comércio a que hoje estamos sujeitos, faz-se necessário alcançar padrões elevados de certificação e qualidade sanitária O moderno sistema de comércio fez emergir um paradigma de competitividade diferente, centrado não mais apenas no fator custo, mas, principalmente, no fator qualidade. Gestão de sanidade e qualidade são requisitos do presente e do futuro da produção mundial. Nesse contexto, a sanidade apícola representa hoje uma preocupação mundial, em virtude de fenômenos de causas ainda indefinidas, como o declínio populacional e mortalidade de abelhas melíferas que vem sendo observado em apiários de diversos países. Nos últimos anos, tem-se observado elevada mortalidade de abelhas adultas e crias também no Brasil, com considerável queda de produção em diversas localidades. Pesquisas recentes evidenciaram a presença de novos patógenos em território brasileiro nos últimos dois anos, os quais podem ter sido introduzidos em virtude de controle oficial ineficiente. Tais constatações constituem-se em ameaça ao plantel nacional, com conseqüências gravíssimas para o setor como um todo. Os problemas sanitários que vêm sendo observados ultimamente estão colocando em risco a competitividade do Brasil no mercado externo. Tais fatos demonstram o quão imprescindível é a implementação e o uso de técnicas rápidas, precisas e práticas para diagnóstico aqui no Brasil, além da necessidade de se ter em território nacional um laboratório de sanidade apícola com corpo técnico que possa se capacitar e, posteriormente, implementar tais técnicas, para dar suporte à rede oficial e a outros laboratórios que vierem a ser criados para fins acadêmicos ou de diagnóstico, tornando assim o sistema de controle epidemiológico mais eficiente. O principal objetivo desse projeto é criar, nas instalações já existentes de uma instituição de pesquisa do Estado de São Paulo, na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios/Secretaria da Agricultura e Abastecimento, no Pólo Regional – Vale do Paraíba, com um histórico de mais de 30 anos de atuação na apicultura brasileira, um Centro Colaborador em Defesa Agropecuária na área de Sanidade Apícola que possa atuar em estreita harmonia com o Comitê Consultivo Científico em Sanidade Apícola do Ministério da Agricultura, por meio de um conjunto de ações integradoras que visem: a) melhorar os métodos de detecção de patógenos e outros parasitas das abelhas por meio de técnicas modernas de diagnóstico (principalmente ferramentas moleculares) e de intercâmbios técnico-científicos; b) desenvolvimento de pesquisas dentro do Centro (integrado a outros órgãos colaboradores, principalmente, acadêmicos) visando a busca de linhagens resistentes e mais produtivas e, finalmente, c) com a participação de entidades acadêmicas, transferir conhecimentos por meio de cursos aos agentes de defesa agropecuária voltados para sanidade apícola.

OBS.: Este projeto, coordenado pela pesquisadora da APTA, contando com a colaboração de Insituições de Ensino e Pesquisa Nacionais e Internacionais (USP, UNESP, EMBRAPA, UFERSA, UFMG, UFV, USDA, dentre outras)  recebeu verba do CNPq entre os anos de 2009 e 2012 (projeto no. 578293/2008-0, Edital 64, Linha 4, MAPA/DSA/CNPQ), totalizando R$ 934.597,22 (dentre capital, custeio e bolsas). Pela importância dos resultados obtidos, bem como profícua produção científica e avanços obtidos nesta área da ciência no Brasil foi prorrogado internamente desde então, considerando que a estrutura implementada na Instituição, bem como insumos adquiridos, além de permanente colaboração das Instituições supra citadas, permite continuidade das ações e ampliação dos conhecimentos técnico-científicos gerados. A seguir segue o teor da última solicitação de prorrogação, já concedida pela APTA, para continuidade dessa importante e inovadora proposta que vem garantindo à APTA ações de vanguarda e que visa gerar conhecimento com incremento de nível tecnológico e aumento de produtividade com preservação de meio ambiente e sustentabilidade da biodiversidade. Saliente-se que as colaborações têm sido mantidas com diferentes instituições que disponibilizam recursos em forma de insumos analíticos, cada uma na sua especialidade o que, em conjunto, denota investimento  de terceiros de forma a permitir o desenvolvimento das atividades vinculadas aos projetos, tornando-os factíveis, exequíveis, mantendo a proposta robusta e de interesse mútuo entre as Instituições. O pagamento de despesas (deslocamento, estadia e alimentação) por parte da Instituição que a convida para reuniões, grupos de trabalho, cursos ou palestras, não gera ônus para o Estado de São Paulo. Em 13/11/15 passou a integrar grupo de assessoria do CFMV na área de sanidade apícola pela reconhecida contribuição da proposta e do trabalho que vem desenvolvendo dentro da mesma nesta área ao MAPA.

"Tendo em vista o fim da prorrogação do projeto SIGA Nº 3165 Centro Colaborador em Defesa Agropecuária - Sanidade Apícola no primeiro semestre de 2015, gostaria de solicitar prorrogação do mesmo, por um prazo de 12 meses, considerando os motivos que abaixo exponho:

 

  • Quanto à relevância e principais contribuições científicas ou tecnológicas considerando os resultados esperados e benefícios potenciais para a respectiva área do conhecimento e para a sociedade, a proposta: i) permitiu condições de desenvolvimento de competência técnico-científica para realização de diagnóstico de patógenos que acometem as abelhas no país; ii) proporcionou aos técnicos e fiscais agropecuários federais e estaduais maior eficiência na detecção de patógenos e de sintomas clínicos de doenças nos apiários; iii) avaliou morfológica e fisiologicamente, por meio de diferentes parâmetros as consequências de certos princípios ativos constituintes de formulações de agrotóxicos amplamente utilizados no país e seus efeitos para abelhas; iv) estabeleceu protocolos analíticos para fins de diagnóstico e deu início a investigações de mecanismos de resistência das doenças aos diferentes patógenos e outros agentes, utilizando meios clássicos e moleculares para que se possa selecionar colméias mais resistentes aos diferentes problemas sanitários que vem ocorrendo ultimamente no Brasil, visando evitar a necessidade de uso de quimioterápicos; v) contribuiu para a criação de uma rede de pesquisas em sanidade apícola em diferentes regiões do país, com seus problemas sanitários específicos, além de interagir com órgão oficiais na formulação de planos sanitários a serem regulamentados e, finalmente, vi) proporcionou o surgimento do primeiro laboratório especializado em sanidade apícola no Brasil. PARA MAIORES DETALHES FOI ENVIADO RELATÓRIO ANEXO EM CD (em virtude do tamanho do arquivo).
  • Tais resultados integrarão grandes avanços na área de patologia apícola, abrindo novos rumos na pesquisa e na análise e diagnóstico de patógenos no país.
  • Em outros países centenas de cientistas vêm se dedicando ao tema e a participação da classe científica brasileira precisa ser ampliada, o que só ocorrerá com a formação de conhecimento técnico-científico na área. Atualmente apenas a APTA Regional vem atuando nesta vertente.
  • A estrutura física do laboratório, bem como as atividades desenvolvidas foram apresentadas aos dirigentes da Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL), bem como da Divisão de Sanidade de Abelhas (DSECOA), ocasião em que foi discutida a necessidade de implantação da ISO/IEC 17025 para os novos credenciamentos, visto que, por determinação do MAPA, laboratórios já credenciados teriam um prazo determinado para implantação da norma, já sendo, todavia, requisito mandatório para os novos candidatos a credenciamento, motivo pelo qual o credenciamento não se concretizou (tal credenciamento demanda considerável tempo, formação de equipe de gestão de qualidade etc.). No momento o MAPA não tem a quem recorrer para tais análises e continuamos contribuindo com o Serviço Veterinário Oficial na transferência de conhecimento.
  • Durante a execução da proposta foi possível estabelecer estreita interação com o DSA/MAPA, tanto no nível de Divisão de Sanidade de Abelhas do MAPA em Brasília (DSECOA), como com as Superintendências do MAPA e as respectivas Agências Estaduais que representam o Serviço Veterinário Oficial, em certos estados. Contribuí participando de reuniões do Comitê Científico Consultivo sempre que solicitada, bem como elaborando material técnico científico para suporte às ações do Plano Nacional de Sanidade Apícola, ainda não regulamentado, contribuindo, inclusive, para sua nova redação, a pedido do Chefe do DSECOA.
  • Centenas de fiscais foram treinados durante a condução da proposta e o número de pessoas que serão treinadas por esses agentes multiplicadores depende da estratégia utilizada pelos responsáveis pela condução do Plano Nacional de Sanidade Apícola de cada estado, após receber o treinamento padrão que elaboramos e ministramos a proposta do CDA-Sanidade Apícola.
  • Alguns estados não conseguiram viabilizar a realização do curso por questões de ordem interna, como por exemplo, diárias para seus técnicos, aquisição de vestimenta apícola etc. O DSECOA considerou, todavia, premente tal capacitação, com base em respostas de questionário sobre o PNSAp, enviado pelo MAPA em 2011 às Unidades Federativas. Tais observações levaram o Órgão a propor um curso, a realizar-se na APTA, em Pindamonhangaba (em virtude da estrutura física existente, além de plantel disponível), destinado aos médicos veterinários do serviço veterinário oficial, lotados nas Superintendências Federais de Agricultura e nos Órgãos Executores de Defesa Sanitária Animal nas diversas Unidades Federativas. A proposta, adiada para dezembro de 2012 em virtude da greve dos Servidores Federais, objetiva a validação de um curso de conteúdo unificado e padronizado, com plano específico, com base no conteúdo técnico que proferimos ao longo do projeto CDA-Sanidade Apícola para capacitar profissionais do serviço veterinário oficial para a implementação de ações relacionadas à sanidade apícola nas unidades federativas, observadas as normas e os critérios recomendados.

 

Para finalizar, podemos afirmar que a proposta trouxe importantes benefícios à sociedade brasileira, traduzindo-se no maior investimento em pesquisa já feito na área de apicultura por meio de órgãos financiadores, constituindo-se os resultados obtidos em embriões espalhados por diversas instituições de ensino e pesquisa, por meio do material humano capacitado durante a sua realização e que, com a anuência de sua continuidade pelo período solicitado, poderíamos continuar atendendo a tais demandas, não deixando de amparar as solicitações de órgão públicos envolvidos com defesa agropecuária, que ainda estão se estruturando para ações na área, além de permitir nossa participação em cursos nos estados que ainda não conseguiram viabilizá-los internamente. Tais ações seriam custeadas pelos órgãos interessados.

 

Informamos que atualmente encontram-se em fase de análises grande volume de dados de RNAseq, fruto desta proposta. Para obtenção do material biológico em análise implementou-se, na área de pesquisa em apicultura da APTA, do Pólo Regional do Vale do Paraíba/APTA, um sistema de seleção atrelado ao sistema de produção de rainhas já existente no local. Para tanto foram instaladas 60 colmeias cujo parâmetro avaliado foi o comportamento higiênico. Há ainda questões a serem esclarecidas quanto à determinação do comportamento higiênico de abelhas (abelhas mais resistentes a doenças) e técnicas moleculares modernas como estudo de transcriptoma podem ser ferramentas bastante úteis na otimização da busca de tais conhecimentos. As análises laboratoriais de RNASeq foram realizadas e, tão logo estejam finalizadas as análises de bioinformática, os resultados serão disponibilizados ao meio científico por meio de publicações. Tais resultados representarão as primeiras evidências de variações genotípicas atreladas aos fenótipos analisados, colocando a APTA na vanguarda não apenas de diagnóstico genético-moleculares, como já vem ocorrendo desde 2009, mas também nesta nova e importante área da ciência. Acrescente-se que encontram-se em destaque no relatório enviado os novos artigos publicados, bem como palestras proferidas, indicando o quão profícua são as colaborações e o trabalho desenvolvido nesta proposta.

  Sobre

O SGP (Sistema de Gestão de Pesquisa) foi implementado em todas as unidades APTA, para centralizar o controle de todos os projetos desenvolvidos sob sua supervisão. [Ler mais]

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